sexta-feira, 17 de maio de 2013

ESPECIAL - SANTA RITA DE CASCIA OU CÁSSIA - SEU DIA 22 DE MAIO




VENHAM TODOS PARTICIPAR DO CENÁCULO ESPECIAL DA FESTA SANTA RITA DE CASCIA - 19.05.2013 - SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ - TRAGAM ROSAS PARA SEREM ABENÇOADAS, ELAS PODERÃO SER DADAS AOS DOENTES POR INTERCESSÃO DE SANTA RITA!




 FILME: VIDA DE SANTA RITA DE CASCIA OU CÁSSIA - 22 DE MAIO SEU DIA -
 SEDE SANTOS 1



Jacareí, 8 de abril de 2007

1ª MENSAGEM DE SANTA RITA DE CASCIA ou CÁSSIA



"-Marcos... Marcos bem aventurado Eu RITA DE CÁSSIA, serva do SENHOR e de MARIA SANTÍSSIMA, RITA das DORES e das ANGÚSTIAS do SENHOR e da SENHORA, dou-te hoje a Minha benção e à todos que aqui estão também a Minha benção... Amai a Paixão de JESUS, venerai-a mais, contemplai-a mais. Fazei especialmente nas sextas-feiras especial reverência à Paixão de JESUS e adoração da SANTA CRUZ. Procurai meditar a cada sexta-feira as CHAGAS de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, procurai todas as sextas-feiras também meditar os tormentos da SENHORA DAS DORES. A Paixão de CRISTO é o maior livro de santidade que existe, nela há lições para todos os homens e para todas as situações da vida.

Na Paixão de JESUS Eu achei toda a Minha alegria e toda a Minha Paz... Na Paixão de JESUS Eu achei toda a minha força e todo o Meu Amor... Na Paixão de JESUS e de MARIA eu achei todo o Meu conforto e toda a Minha alegria...

Vós também achareis, se vós vos dedicardes a toda sexta-feira meditar os sofrimentos de NOSSO SENHOR e da MÃE das DORES, nem que seja por pelo menos dez minutinhos.

Procurai... procurai aos sábados consagrar a tarde de sábado à SENHORA das DORES como ELA mesma ontem vos solicitou. Obedecei essas Mensagens da MÃE DE DEUS e tereis a benção de DEUS, nas vossas almas e nas vossas vidas...

Em verdade Eu vos digo, tudo o que pedirdes no sábado à tarde durante a oração e reparação à SENHORA das DORES será concedido, desde que não seja contrário à vontade de DEUS e não leve vossas almas a se afastarem DELE. Tudo que for pedido no sábado à tarde, na oração do sábado à tarde a SENHORA das DORES vos concederá e NOSSO SENHOR JESUS CRISTO vos dará, porque ELE deseja mais do que nunca ver SUA SANTÍSSIMA MÃE consolada-amada por todos os Seus Filhos.

Esse lugar é Santo, o CÉU aqui toca a terra, os Santos e o s Anjos povoam e habitam este lugar noite e dia. Vinde aqui unir-vos a nós na orações para que num só coro adoremos a DEUS, bendigamos o Seu Nome e o nome de Sua MÃE SANTÍSSIMA e os amemos e veneremos com especial afeto, amor e devoção.

Em verdade vos digo, quem defender este lugar ao salvar as almas dos outros, predestinará a sua própria alma à salvação. Eu RITA, Vos defenderei, vos ajudarei sempre, rezai-me mais, lembrai-vos especialmente de MIM, nos dias 22 de cada mês e lembrai-vos especialmente de BENEDITO nos dias 4 de cada, mês com orações especiais. Nestes dias falai mais conosco, rezai-nos, ocorrei aos pés de Nossas Imagens para que ali possamos encher-vos de Graças... Nenhuma Graça será ali negada, tereis acesso livre e pleno a todas elas, colhereis tantas Graças quanto conseguir carregar, quantas Graças conseguirdes colher...

Em verdade Eu digo-vos, imitai-me na aceitação dos sofrimentos e na conformidade com os sofrimentos, com as aflições e angústias desta vida. Esta vida passa rápido e a dor e o sofrimento não durará para sempre se vós souberdes usá-los à vosso próprio proveito e favor aceitando-os como verdadeiros degraus da escada santa, que vos conduzem ao CÉU.

A todos agora abençoamos e desejamos a Paz..."


VÍDEO DA APARIÇÃO:



JACAREÍ, 22 DE MAIO DE 2011


CAPELA DO SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ/SP
FESTA DE SANTA RITA DE CÁSCIA

MENSAGENS DE NOSSA SENHORA E SANTA RITA DE CÁSCIA

COMUNICADAS AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA

2ª MENSAGEM DE SANTA RITA

MENSAGEM DE SANTA RITA

"-Amados irmãos, Eu, RITA DE CÁSCIA, estou muito feliz por poder vir dar-vos mais uma Mensagem, a fim de ajudar-vos a chegar àquela santidade perfeita e aquele amor mais abrasado por Deus, que Deus deseja de vós, que Maria Santíssima espera de vós e que Eu também quero para vós e à qual quero fazer-vos chegar sem demora para maior alegria do Altíssimo e da Mãe do Senhor!

Eu quero ajudar-vos a chegar a uma grande santidade, por isso desejo verdadeiramente que vós vos deixeis cultivar por Mim como uma flor, como a flor se deixa cultivar pelo jardineiro, jardineira que a cultiva e que não ofereçais resistência nem às Minhas podas, nem também à Minha cultivação.

Deixai-vos cultivar por Mim, permitindo cada dia que Eu vos tome em Minhas Mãos, que Eu vos regue sempre mais com o Meu Amor, com a água das Minhas graças e também ensinando-vos sempre mais a através da oração regardes as vossas almas ressequidas como um deserto, para que elas possam transformar-se em jardins verdes e floridos para a maior glória do Senhor e exaltação do Seu Santo Nome.

Deixai-vos cultivar por Mim, permitindo a Mim que vos conduza sempre mais na oração do coração que é tão agradável ao Senhor e que consiste em renunciar a si mesmo, abrir o coração para Deus e Sua vontade e aceitá-la sempre mais em vossas vidas. Desta forma, rezando com o coração as vossas almas crescerão sempre mais no amor, na alegria, na graça e elas se tornarão viçosas e vigorosas flores que resistirão tanto aos ventos das tentações, quanto aos das tribulações e dos sofrimentos dessa vida. E assim, as vossas almas sempre mais fortes se tornarão firmes no jardim do perfeito amor ao Senhor.

Deixai-vos cultivar por Mim, permitindo a Mim podar-vos todos os dias, cortando fora de vós tudo aquilo que é contrário à vontade do Senhor, todo o amor desordenado de vós mesmos e das criaturas. Para que assim, como se faz com as flores, podando e arrancando delas todos os galhos secos para que ela possa crescer melhor e se desenvolver mais, assim também Eu possa podar-vos sempre, para que as vossas almas cresçam mais e melhor e se desenvolvam mais rapidamente no caminho do perfeito amor ao Senhor e da santidade.

Se vós Me permitirdes podar-vos todos os dias, Eu em pouco tempo arrancarei fora de vós todo o amor desordenado de vós mesmos, do mundo e das criaturas e vos farei crescer sempre mais na santidade, tornarei vossas almas belas, perfumarei as vossas almas com as virtudes mais caras a Deus e à Virgem Santíssima e às mais elevadas e sublimadas virtudes, vos conduzirei a uma grande perfeição espiritual e vos tornarei verdadeiramente irrepreensíveis aos olhos do Altíssimo.

Podando-vos todos os dias, arrancarei fora de vós todo galho seco de apego a vós mesmos, ao mundo e às criaturas, que vos impedem de crescerdes com mais vigor, também arrancarei de vós todas as ervas daninhas que sugam de vós a seiva da força espiritual. Para que então, vós possais dedicar todas as vossas forças somente no serviço do Senhor e no santo ofício, na santa tarefa da salvação das vossas almas e das almas dos vossos irmãos, sem perda de tempo com as coisas vãs deste mundo.

Eu desejo sempre mais conduzir-vos, guiar-vos pelo caminho do perfeito amor, mas muito do que Eu posso fazer por vós também depende de vós, da vossa resposta, do vosso ‘sim’, do quanto vós permitis que Eu aja em vós e em vosso favor. Por isso, permiti-Me queridos irmãos e filhinhos Meus, que Eu possa trabalhar nas vossas almas, que Eu possa podar-vos, que Eu possa conduzir-vos todos os dias.

Por isso peço-vos sempre mais: uma maior docilidade à Minha voz, aos Meus conselhos e que vos deixeis carregar nos Meus braços para que Eu possa entregar-vos santos e purificados nos braços de Jesus e de Maria.

A todos neste momento abençoo, abençoo as vossas rosas, abençoo os vossos terços, abençoo todos os objetos sagrados que vós agora tendes convosco. E peço-vos sempre mais: dizei ‘sim’ ao chamado do amor divino, escolhei o Céu que já vos escolheu. Amai o Céu que vos amou primeiro e vos chamou a estardes aqui para aqui aprenderdes o verdadeiro amor, a santidade que agrada ao Senhor, a caminhardes pela verdadeira estrada que conduz até Deus!

Eu, RITA DE CÁSCIA, Sou vossa defensora, já vo-lo disse tantas vezes! Sou vossa intercessora, protetora, advogada e vossa mestra no caminho do perfeito amor a Jesus e a Maria. Venho do céu para tomar a vossa mão e levar-vos pelo verdadeiro caminho que conduz à vida. Feliz aquele que ouve os Meus conselhos. Feliz aquele que atende a voz da sabedoria, que vos chama desde o mais alto do céu, porque este não morrerá, mas viverá eternamente e alcançará a coroa da vida eterna.

A todos neste momento abençoo generosamente, de CASCIA, de ROCCA PORENA e de JACAREÍ...

A Paz Marcos! A Paz Meu mais querido e o mais esforçado dos Meus irmãos. Tenha a Minha Paz. Ficai todos na Paz do Senhor. Até breve Marcos.”

Obs.: O vidente Marcos Tadeu pediu-nos para continuarmos com as orações, novenas, mil Ave Marias pedindo intercessão pelas intenções do Santuário das Aparições de Jacareí.


20.05.2012- Cenáculo da Festa de Santa Rita de Cascia . 

Canções, comentários do Vidente Marcos Tadeu







Santa Rita de Cássia é uma das Santas mais amadas de hoje, objeto de uma extraordinária devoção popular, porque amada pelo povo que a sente muito perto pela sua espetacular "normalidade" de existência quotidiana vivida por Ela, antes de tudo como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana. A veneração por esta pequena freira de Cássia não parece diminuir, ao contrário, se intensifica com o tempo, acompanhada da curas, conversões, perfumes e outras coisas.

A Santa Rita a vida não a poupou de nada:
  • Muito jovem foi dada em esposa a um homem iroso e brutal com o qual teve dois filhos, todavia com o seu doce amor e paixão conseguiu transformar o caráter do marido e fazê-lo mais dócil.
  • Santa Rita conviveu e dividiu a dura vida das pessoas do seu pequeno bairro.
  • O marido foi assassinado e dentro de pouco tempo os filhos também o seguiram na sepultura.
  • Ela porém não se abandonou à dor, à desesperação, ao rancor e ao desejo de se vingar, ao contrário conseguiu em modo heróico a afogar a sua dor através do perdão aos assassinos do marido. Fez de tudo para que a familia do marido fizesse as pazes com os assassinos, interrompendo assim a espiral deódio que se era criada.
  • Entrou em convento e viveu os últimos 40 anos de vida em assídua contemplação, penitência e oração, completamente dada ao Senhor.
  • Santa Rita, 15 anos antes de morrer, recebeu a singular "espinha" daquela chaga dolorosa que lhe foi estampada na testa, que incessantemente lhe causou terríveis dores e os sofrimentos inauditos da coroação de espinhas.
A Sua foi uma vida de cruz, suportou a dor que lhe apertava a alma e lacerava as carnes porque compreendeu a sabedoria da Cruz. Assim trocou a dor em uma incredível expressão de amor que doa sem pedir e a transformou em uma força enorme de elevação espiritual. Era aquele amor que loda Deus apesar dos sofrimentos: em uma forma mais pura e maior da caridade.

Santa Rita difundiu a alegria do PERDÃO imediato e generoso, da PAZ amada e por isso a persegue como bem supremo, do AMOR fraterno intenso e sincero, da extrema CONFIANÇA em Deus, completa e filial, da CRUZ levada com Cristo e por Cristo. Ela nos exorta a confiar em Deus para que se faça em nós os desenhos divinos.

A força de Santa Rita està na capacidade de falar a cada coração, de partecipar a todos os nossos problemas. Por quanto se possa sentir infeliz, ore con confiança nela que não deixarà di transformar as suas orações em súplicas ardentes e agradáveis ao Senhor. A Sua intercessão é tanto potente que o povo devoto a chama "Santa das causas impossíveis, advogada das causas desesperadas".

Santa Rita proseguiu neste caminho entusiasmante à descoberta desta humilde senhora que con o seu exemplo é ainda hoje a nossa grande mestra. Pedimos a Ela que interceda pelas nossas tribulações, as necessidade e as angústias, mas principalmente que nos ensine a aceitar os sofrimentos sem compromissos, a capacidade de perdoar de coração e nos faça fixar o pensamento e o coração em Deus "a fim de que entre as coisas mutáveis do mundo, os nossos corações sejam fixos lá onde está a verdadeira alegria".



Rita nasceu provavelmente no ano 1381 em Roccaporena, uma aldeia situada na Prefeitura de Cássia na provincia de Perugia, da Antonio Lotti e Amata Ferri. Os seus pais eram crentes e a situação econômica não era das melhores, mas decorosa e tranquila.

A história de S. Rita foi repleta de eventos extraordinários e um destes se mostrou na sua infancia.
A criança, talvez deixada por alguns minutos sozinha em uma cesta na roça enquanto os seus pais trabalhavam na terra, foi circundada da um enxame de abelhas. Estes insetos recobriram a menina mas estranhamente não a picaram. Um caipira, que no mesmo momento havia ferido a mão com a enxada e estava correndo para ir curar-se, passou na frente da cesta onde estava deitada Rita. Viu as abelhas que rodeavam a criança, começou a mandá-las embora e con grande estupor, a medida que movia o braço, a ferida se cicatrizava completamente.

A tradição nos diz que Rita tinha uma precoce vocação religiosa e que um Anjo descia do céu para visitá-La quando ia rezar em uma pequena mansarda.

S. RITA ACEITA DE CASAR
Rita teria desejado ser monja todavia ainda jovem (a 13 anos) os pais, já idosos, a prometeram em casamento a Paulo Ferdinando Mancini, um homem conhecido pelo seu caráter iroso e brutal. S. Rita, habituada ao dover não opôs resistência e se casou com o jovem oficial que comandava a guarnição de Collegiacone, presumivelmente entre os 17-18 anos, isto é em torno aos anos 1387-1388.

Do casamento entre Rita e Paulo nasceram dois filhos gêmeos; Giangiacomo Antonio e Paulo Maria que tiveram todo o amor, a ternura e os cuidados da mãe. Rita conseguiu com o seu doce amor e tanta paciência a transformar o caráter do marido, o fazendo ser mais dócil.

A vida conjugal de S. Rita, passado 18 anos, foi tragicamente terminada com o assassinato do marido, durante a noite, na Torre de Collegiacone a alguns kilometros de Roccaporena quando voltava para Cássia.

O PERDÃO
Rita ficou muito aflita pela atrocidade do acontecimento, procurou proteção e conforto na oração com assíduas e ardentes preces no pedir a Deus o perdão dos assassinos do seu marido.
Contemporaneamente, S. Rita formulou uma ação para chegar à pacificação, a partir dos seus filhos, que sentiam como um dever a vingança pela morte do pai.
Rita se deu conta que a vontade dos filhos não era di perdão, então a Santa implorou ao Senhor oferecendo a vida dos seus filhos, a fim de não vê-los manchados de sangue. "Eles morreram antes de completar um ano da morte do pai"...

Quando S. Rita ficou sózinha, tinha pouco mais de 30 anos e sentiu reflorescer no seu coração o desejo de seguir aquila vocação que na juventude tinha desejado realizar.

S. RITA SE TRANSFORMA EM MONJA
Rita pediu para entrar como monja no Mosteiro de S. Maria Madalena, mas por três vezes lhe foi negado, porque viúva de um homem assassinado.
A legenda narra que S. Rita conseguiu superar todos os impedimentos e portas fechadas graças à intercessão de S. João Batista, S. Agostinho e S. Nicola de Tolentino que a ajudaram a voar da “Rocha” até o Convento de Cássia em um modo a Ela incomprensível. As monjas convencidas do prodígio e do seu sorriso, a acolheram e lá Rita permaneceu por 40 anos submersa na oração.

O MILAGRE SINGULAR DA ESPINHA
Era sexta-feira Santa de 1432, S. Rita voltou ao Covento profundamente confusa, depois de ter escutado um predicador reinvocar com ardor os sofrimentos da morte de Jesus e permaneceu orando na frente do crucifixo em contemplação. In um momento de amor S. Rita pediu a Jesus de condividir pelo menos em parte, os Seus sofrimentos. Aconteceu então o prodígio: S. Rita foi perfurada por uma espinha da coroa de Jesus, na testa. Foi um espasmo sem fim. S. Rita teve a ferida na testa por 15 anos como sigilo de amor.

VIDA DE SOFRIMENTO
Para Rita os últimos 15 anos foram de sofrimento sem trégua, a sua perseverança na oração a levava a passar até 15 dias correntes na sua cela "sem falar com ninguém se não com Deus", além do mais usava também o cilicio que lhe dava tanto sofrimento, submetia o seu corpo a muitas mortificações: dormia no chão até que se adoentou e ficou doente até os últimos anos da sua vida.

O PRODÍGIO DA ROSA
Após 5 meses da morte de Rita, um dia de inverno com a temperatura rígida e um manto de neve cobria tudo, uma parente lhe foi visitar e antes de ir embora perguntou à Santa se Ela desejava alguma coisa, Rita respondeu que teria desejado uma rosa da sua horta. Quando voltou a Roccaporena a parente foi à horta e grande foi a sua surpresa quando viu uma belíssima rosa, a colheu e a levou a Rita.

Assim S. Rita foi denominada a Santa da "Espinha" e a Santa da "Rosa".

S. Rita ante de fechar os olhos para sempre, teve a visão de Jesus e da Virgem Maria que a convidavam no Paraíso. Uma monja viu a sua alma subir ao céu acompanhada de Anjos e contemporaneamente os sinos da igreja começaram a tocar sozinhos, enquanto um perfume suavíssimo se espalhou por todo os Mosteiro e do seu quarto viram uma luz luminosa como se fosse entrado o Sol. Era o dia 22 Maio de 1447.

S. Rita da Cássia foi beatificada 180 anos depois da sua subida aos céus e proclamada Santa após 453 anos da sua morte.


Da biografia de Padre Cavallucci, reproduzida no primeiro volume da Documentação ritiana antiga, se observa que já daquela época perto da arca de Rita se viam "muitas imagens de prata, de cera, de figuras em madeira e em tela, de ferros, de correntes de escravos, pontas de espingardas quebradas", tudo "fedelmente registrado dos Tabeliões na presença de testemunhas.

Perto do sagrado corpo de Rita, continua o biográfo, "se veem muitos doentes e feridos serem curados de gravíssimas enfermidades, muitos cegos voltarem a ver, muitos mudos de nascença terem recebido a fala, mancos e defeituosos ficarem sãos"; além dos endemoninhados que vinham liberados e não faltava quem afirmava ter fugido da morte certa graças à intercessão da Freira Rita.
Nesta biografia são citados 46 milagres, os primeiros onze dos quais todos no ano 1457 o que se pode supor que sejam aqueles descritos pelo Tabelião Casciano Domenico Angeli. Eis:
  1. Battista D’Angelo de Colgiacone não avendo a luz nos olhos, mandou devotos para rezar ao Senhor Deus na frente do corpo da Beata Rita e por misericórdia infinita foi satisfeito, retornando-lhe a vista come antes.
  2. No dia 25 do mesmo mês Lucretia de Ser Pauolo de Colforcello, estava mal devido à grande idade e inchada por hidropisia, se fez conduzir na frente do corpo da Beata Rita, fazendo devotas orações, retornou sã como antes.
  3. Ainda no mesmo mês uma mulher chamada Cecca d’Antonio surda de um ouvido por cinco anos contínuos, invocando principalmente l’Onipotente Deus e a Beata Rita foi liberada com claríssimos sinais na presença de muitas pessoas.
  4. No dia 29 do mesmo mês. Salimene d’Antonio do Poggio tendo um dedo da mão insensível a muito tempo, encostando-o no corpo da Beata com grande reverência e humildade, devoção e fé, foi liberado na presença de muita gente e derramando muitas lágrimas, rendeu graças ao Senhor e à Beata Rita.
  5. No último dia de Maio de 1457. Giacomuccia de Leonardo da Ocone tormentada por muitos anos por uma gravíssima dor nas pernas e no corpo, nos dois últimos anos não se alimentava bem. Carregada nos braços foi levada até à presença do corpo da Beata e implorando ao Senhor e a Ela, ficando por oito dias na Igreja, foi liberada e com grandíssima alegria agradeceu a Deus em primeiro lugar e à Beata Rita.
  6. No mesmo dia Cecca de Gio da Biselli de Norcia tendo nascida muda, como comprovam os parentes e outras pessoas que vieram visitar o corpo da Beata, depois de tantas devotas orações, ela começou a falar e dizer Ave Maria e outras palavras, com grandíssimo estupor dos parentes e de tantas pessoas.
  7. No dia 2 de junho de 1457. Matteo do Re d’Ocone. Bernardo seu filho, tinha uma pedra na bexiga que lhe causava muita dor. Com grande devoção implorou à Beata Rita e seu filho foi liberado do sofrimento.
  8. No dia 3 do mesmo mês, Espirito d’Angelo de Cassia tinha sofrido por 4 anos de dores fortíssimas à ciática, rezando à Beata Rita, foi liberado.
  9. No dia 7 Mattia de Cancro da Rocca Indulsi de Norcia tendo nascita muda e levada aos seus parentes a fim de rezarem por ela, obteve a graça de Deus de poder falar com a língua livre e isto foi causa de estupor entre as pessoas que a escutaram falar e foram feitas procissões por todos os Sacerdotes e uma Pregação do R. P. Mestre Giovanni Pauletti de Cassia.
  10. No mesmo dia Cecco d’Antonio de Sao Cipriano de Matrice mudo de nascença, conduzido por seu pai ao corpo da Beata Rita, com ardentes orações, ficaram dois dias alì e recebendo a graça com grandíssimo estupor de todos.
  11. No dia 8 de junho de 1457. Lucia de Santi do Castel de Santa Maria de Norcia, cega de um olho a 15 anos e do outro quase não via nada, colocada a mão no corpo da Beata Rita, onde ficou por 15 dias em oração, foi finalmente iluminada dos dois olhos, com lágrimas e suspiros louvava e agradecia à Divina Majestade.

Como se pode constatar, as curas milagrosas são de diferentes doenças, inclusive cegueira e mutismo de nascença.
Os outros milagres foram entre os anos 1447 e 1603. Se trata de curas de doenças de todos os tipos: paralisias totais, pedra na bexiga, dificuldade de fala, feridas consideradas incuráveis e em putrefação, abcessos na garganta, loucura, ossos quebrados, feridas infeccionadas, hemorragias, possessões por "espíritos imundos", peste, cancer na garganta e outros.

Além de citar os milagres acertados e protocolados, o Padre Cavallucci informa que "ainda hoje nos nossos tempos, ao abrir a Caixa e a arca onde se incontra o corpo, se sente uma fragrança a qual parece feita de várias misturas odoríficas, sentindo-se até que a caixa està aberta, e que todas as vezes que o Nosso Senhor Jesus Cristo concede qualquer graça por intercessão da Beata Rita, este odor e esta fragrança se sente mais nos dias antes e depois que a caixa vem fechada, como aconteceu tantas vezes e que depois aparece alguém de outras cidades trazendo ofertas em agradecimento pelos votos deles...".

Os Cavallucci acrescenta ainda que as monjas do mosteiro tinham hábito de no mês de maio preparar pequenos pãezinhos que no dia da festa da freira Rita, o dia 22, distribuiam ai necessitados; e "por ter provado este pão" muitos vinham liberados das febres e de outras enfermidades.
Ainda: o ólio da lanterna que era costantemente acesa sobre a caixa de Rita, era tido como milagroso, por isso as monjas "davam o ólio desta lanterna a diversas pessoas a fim de que esfregassem nas partes doentes e doloridas e assim encontravam melhoras. 


Por quanto tu possas ser infeliz, pelo que te incomoda, não temer de abrir com confiança o teu coração a esta pequena, grande freira de Cássia. Santa Rita saberá falar ao teu coração com o Seu extraordiário Amor e inflamá-lo e através da Sua intercessão fazê-lo ainda mais amado ao Senhor.

Santa Rita nos séculos deixou a sua maneira de amar, pelas extraordinárias curas, conversões e liberações dos obsessos obtidas por Deus, ainda hoje está perto de quem a invoca, porque o amor não tem tempo e dura para sempre.

L’intercessão de Santa Rita è tão potente que o povo devoto a chama de "Santa dos casos impossíveis, advogada dos casos desesperados". O que tu esperas, experimentas também a pedir a sua potente intercessão, quem sabe que a tua constança seja premiada e tu possas unir com aqueles que agradeçem Deus de ter-lhes dado esta grande Santa. 


Conhecendo mais Santa Rita para vivenciar melhor sua festa!

    Exemplo de virtude em todos os estados de vida pelos quais passou. Sua intercessão é tão poderosa, que se tornou advogada de pessoas com problemas insolúveis.

As biografias de Santa Rita costumam ter pequenas alterações de versão para versão, mas os principais pontos da vida da Santa estão muito bem preservados.

Santa Rita nasceu na Úmbria, bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cásscia (Província de Perúgia) na Itália no dia 22 de maio de 1381

Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, já eram idosos; provavelmente se casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia. 

Certa vez, seus pais a levaram para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra em num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até a menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas. 

Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.
Foi em um lar católico que Santa Rita cresceu. Antonio e Amata a educaram na fé em casa. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado. 

Na adolescência os 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se casasse. 

Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio. Todavia, casou-se com um homem  de índole violenta chamado Paulo Ferdinando. 

Ele se embriagava com freqüência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Rita. Houve uma ocasião em que Rita esteve à beira da morte de tanto apanhar do marido. Foram muitas as vezes em que Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo por sua conversão. Durante o seu matrimônio, Santa Rita de Cássia era uma mulher doce, preocupada com o bem-estar de seu marido. Mesmo consciente de seu caráter violento, sofria, mas rezava em silêncio, oferecia tudo a Deus. 

A bondade de Santa Rita de Cássia era tão aparente que seu marido foi contagiado por ela. Passado um tempo, e perseverando Rita na oração pelo seu marido, Paulo Ferdinando caiu aos seus pés, pediu perdão a ela e a Deus, e mudou sua vida e seus costumes. 

Santa Rita e Paulo Ferdinando tiveram dois filhos: Tiago Antonio e Paulo Maria. Ambos foram educados na fé por seus pais e, com Rita, constantemente saíam de casa para visitar os enfermos e os pobres. 

Em 1402 morreram Antonio e Amata, pais de Rita. Seu pai morreu aos 19 de março e sua mãe aos 25 do mesmo mês, com 90 anos. Logo depois, alguns antigos inimigos de Paulo Ferdinando, por vingança o assassinaram. Os filhos, já crescidos planejavam vingar a morte do pai. 

Santa Rita, ao saber do desejo dos filhos rezou, pedindo a Deus que tirasse este desejo do coração de seus filhos, ou, se fosse vontade divina, que os levasse para a glória do Céu para obterem a salvação, mas que não se tornassem assassinos. Deus ouviu suas preces, ambos adoeceram, e Rita cuidou deles com amor. Depois de pouco tempo, Tiago Antonio e Paulo Maria morreram. (Aqui é preciso esclarecer que Santa Rita não era nenhuma boboca modernista de alma choromelosa; não, isso não! O contexto da situação envolvia um direito consuetudinário que admitia a vingança (vendeta) e não se tratava mais de legítima defesa de terceiro que já havia falecido faz tempo. Enfim, um carrosel vingativo sem fim.) 

A mãe carregou no coração a grande dor da perda dos pais, do marido e dos filhos sem perder a fé. Perdoou publicamente os assassinos de Paulo Fernando. 

Sozinha no mundo, Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres. 

Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceita. Por três vezes Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. Vivendo em casa, todavia, Santa Rita vivia como se estivesse no mosteiro. 

A porta do convento estava sempre fortemente trancada e os seus muros eram como os de uma fortaleza. Todavia, certo dia, ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando sem que ninguém a houvesse colocado para dentro e estando a porta do mosteiro ainda fechada. 

As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasmas com a presença de Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus quem a destinava à vida religiosa, a receberam-na. 

No mosteiro, Santa Rita mostrou-se servidora e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. Continuou sempre a sair para visitar os enfermos e os pobres. Como todo e qualquer santo, enfretou dificuldades e tentações, mas a tudo superou com a força da fé. 

Santa Rita sempre esteve consciente de que obedecendo à superiora, obedecia a Jesus. Certo dia, a superiora, para pô-la a prova, pediu-lhe que, todos os dias, regasse um galho seco pela manhã e à tarde. Em sinal de obediência, Rita o fez com todo o carinho e, tempos depois, milagrosamente, o galho seco se transformou em uma bela videira. Esta ainda existe, em Cássia, e continua produzindo uvas. 

A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca - depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus. Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão de Nosso Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacando com grande velocidade a feriu tão profundamente sua fronte que e ela desmaiou. 

Ao acordar, tinha uma ferida na testa que não cicatrizava. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; mas tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Santa Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo. 

O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Santa Rita. Muitos iam até ela e pediam a sua intercessão em vários assuntos; todos eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade se espalhou pela região. 

Em 1450 o papa Nicolau V proclamou o Ano Santo. De toda parte pessoas iam a Roma em busca de indulgências. As monjas agostinianas de Cássia tomaram a decisão de ir a Roma. Rita queria receber as indulgências plenárias - perdão de todos os pecados - mas, devido a ferida fétida e por estar doente, não obteve da superiora permissão para participar da peregrinação. 

Então, diante do crucifixo, ela rezou, pediu a Nosso Senhor Jesus Cristo que retirasse temporariamente a ferida de sua fronte, mas mantivesse a dor para que pudesse ir a Roma. E conseguiu tal milagre. Rita foi a Roma, viu o Papa, obteve as indulgências, visitou os túmulos de Pedro e Paulo e outros lugares. A viagem foi difícil, sendo em parte feita a pé. Santa Rita, contudo, em nenhum momento perdeu a coragem e o ânimo. Ela estava, então, com 60 anos e, durante toda peregrinação, sentiu a dor do espinho (na fronte). Ao retornar a Cássia, a ferida voltou a se abrir, e a cada dia mais pessoas a visitavam para pedir a sua intercessão. 

Aos poucos a saúde de Santa Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte. 

No leito de morte, uma parente de Santa Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se a santa queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Mas decidiu atender o pedido e foi em sua antiga casa. Chegando em sua vila, a surpresa: milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A senhora então a colheu e levou para Santa Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade. 

Morreu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos de idade, e tendo passado 40 anos no mosteiro. A ferida em sua fronte cicatrizou assim que ela morreu e, em lugar do mau cheiro, passou a exalar um suave perfume. Seu rosto tornou-se sorridente, como quem está pleno de contentamento. 

Uma grande multidão acorreu ao oratório do mosteiro, para velar o seu corpo. No local da ferida, apenas a marca do que fora o sinal provocado pelo espinho. Todos olhavam para ela admirados, e louvavam a Deus. Já era tida como santa pelo povo. Santa Rita não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transladado para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicado a ela. 

São muitas as pessoas que visitam a capela onde Santa Rita recebeu o espinho da coroa de Cristo, bem como a igreja de Cássia, onde está o seu corpo. São inúmeros os testemunhos de conversão, milagres e curas. 

A devoção a Rita não ficou restrita a Cássia, nem à Itália. Espalhou-se por todo o mundo. Muitas são as igrejas dedicadas a ela. 

Santa Rita foi beatificada duzentos anos depois de sua morte, em 1628. O papa Leão XIII, aos 24 de maio de 1900, a canonizou.


Conheça a mãe que foi Santa Rita, com o seu exemplo queremos desejar um Feliz Dia das Mães a todas as suas devotas Mamães!

                        Maternidade de Santa Rita
       As mais belas qualidades naturais, flores de um dia que podem aformosear uma mulher, não produzirão no homem mais do que uma impressão passageira: dominar seu coração, até assenhorear-se dele, é privilegio da esposa dotada de sólidas virtudes. Já vimos quão difícil era abrandar Fernando e mais ainda conquistar seu afeto; mas afinal, a esposa virtuosa, depois de vários anos de constante paciência, conseguiu que se fossem acalmando as ondas daquele coração tempestuoso e que reinasse a paz no lar doméstico, serenando-se por completo o seu caráter turbulento.

A consolidar esta mudança de caráter e costumes do esposo de Rita veio o nascimento sucessivo de dois filhos, com que o Senhor favoreceu aquele casal, no qual agora reinava a paz; dando-se o caso de Fernando, fugir de casa, sempre que sentia renascer seu mau gênio, e, para não ofender a esposa, somente aí regressava depois de ter recuperado a tranqüilidade de espirito.

Não sabia Rita como agradecer ao Senhor a conversão do esposo e o fruto de benção concedido naqueles seus dois filhinhos. Dava graças a Deus por aqueles benefícios; sendo seu primeiro cuidado oferecê-los ao Senhor e fazer com que fossem logo regenerados pelo batismoVelava constantemente a jovem mãe sobre o berço, e com os olhos marejados da lagrimas do mais profundo agradecimento rogava ao Pai das misericórdias continuasse favorecendo-a com seus dons, laminando-a na direção daqueles seres queridos de seu coração. Quantos cuidados, temores e ansiedades sofreu aquela boa mãe, pensando no futuro de seus filhos !

Com essa intuição que o Senhor tem dado à mulher, chegou Rita a descobrir nas impaciências, raivas e cumes de seus filhos, que o caráter deles havia de assemelhar-se ao do pai. Isto lhe inspirava sérias inquietações, que, por fim, chegaram a oprimir de angústia seu coração. Vendo que de dia para dia,  conforme iam crescendo, se revelava neles o temperamento irascível de Fernando.

Para corrigir, quanto possível, o caráter que começava a revelar-se por estas prematuras manifestações nas duas crianças, Rita, na oração, encomendava a Deus a sorte futura dos filhinhos com palavras repassadas de piedade cristã. Incutia em seus tenros corações o amor a Jesus e a Maria, o respeito e veneração devidos ao santo nome de Deus, a tantas outras coisas que somente é capaz de sentir e expressar o coração de mãe inflamado no amor divino.

Cumpria, pois, Rita com perfeição os deveres duma santa mãe no cuidado e vigilância para com os filhosEntre afagos e beijos procurava incutir-lhes o amor de Deus e a prática da virtude, para que esta facilitasse à natureza o caminho do bem e a aversão do mal. Servia-se de santas indústrias para mover o coração dos filhos à prática do bem, sendo ela a primeira a lhes dar o exemplo.

Sempre carinhosa, falava-lhes com meiguice, corrigia-os e castigava com brandura para os manter na obediência e santo temor de Deus, que é o fundamento solido para a fiel observância da lei divinaExortava-os com o exemplo; de modo que, quando chegaram a compreender as coisas, vendo os filhos o exemplo de uma mãe tão devotada à oração, tão mortificada e tão moderada nas palavras; tão caritativa como os pobres e compassiva com os necessitados; tão entretida freqüentemente em santos e devotos exercícios, procuravam não desgostá-la e imitá-la no que lhes era possível.

Assim ia cumprindo Rita os deveres da maternidade, e deste modo também devem procurar cumpri-los todas as mães.

Mas Rita não olhava só o presente fites os olhos no futuro dos filhos e também no do esposo, com que fé, e com que amor, manifestava ante Jesus crucificado suas mágoas e seus receios. Com o coração atribulado pela incerteza, quantas vezes diria, qual outra Ester ante o Rei Assuero :


"Senhor, se achei graça em vossa presença, concedei-me a vida de meu esposo e a de meus filhos por quem vos peço. Vós, que vedes meu coração e não desprezais o amor ardente de mãe, salvai-me e os salvai dos perigos que por toda parte nos cercam. Só a idéia de que se possam perder suas almas, tortura meu coração e submerge-o num mar de amargura. Vós, Senhor, sabeis quanto vos amo. Afastai de mim o amargo cálix de perdei-os para vós, e embora seja grande o desejo de conservá-los, pois por eles daria minha vida, mortos ou vivos quero que sejam sempre vossosporque assim o serão também meus na mansão feliz, onde possamos todos gozar sempre de Vós, soberano bem e Senhor de minha alma."

...A mudança esperada não chegava: temendo perder os filhos para sempre, pelo caráter briguento e belicoso deles, com o coração penetrado da mais dilacerante dor e os olhos marejados de lágrimas, de joelhos diante de Jesus crucificado e com a abnegação mais sublime que se pôde imaginar na mãe, suplica-lhe que, ou mude a condição de seus filhos, fazendo-lhes esquecer os sentimentos de vingança, ou os leve deste mundo, antes de permitir que o ofendam.

Nesta oração Rita chegou ao cume do heroísmo, pois sendo mãe tão amorosa, o temor de perdê-los para sempre se sobrepôs a qualquer outro sentimento humano.

Tal sacrifício, desconhecido para a maioria das mães cristãs, só tem precedentes naquelas heroinas do Cristianismo que entregavam seus filhos ao martírio, para, em troco de breves sofrimentos e momentânea separação, melhor assegurar-lhes a vida do céu e gozar depois com eles da glória eterna.
 
Oh proeza do amor materno e da caridade de Deus! Só o Cristianismo pôde contar tão estupendos milagres da graça.

O Senhor misericordioso escutou as preces de Rita, e em menos de um ano morreram-lhe os dois filhos, antes que a malícia pervertesse seu entendimento, e os desejos de vingança se arraigassem no seu coração. Apesar de ter sido a súplica de Rita feita com uma abnegação sublimelugar inspirada pelo grande amor ao soberano Senhor de todo o criado, não pôde subtrair-se à dor dilacerante que em todas as mães produz a separação pela morte dos filhos, embora breve e com a esperança de juntar-se com eles depois de algum tempo.

Coração delicado e amante como o de Rita não podia deixar de sentir toda a mágoa produzida pela perda dos dois filhos, mas ao mesmo tempo considerava como um grande favor do céu ter livrado os filhos da morte da alma.

Por outro lado, a esperança de vê-los um dia na glória e gozar de suas companhias, consolava-a e dava-lhe forças para resistir a tão grande aflição rogando ao Senhor que aceitasse aquele sacrifícioque tanta admiração e assombro havia de causar às gerações futuras, e que fora unicamente feito por seu amor.





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